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Dia dos mortos no segundo ano de pandemia: as fases de vivenciar a morte no cemitério Senhor da boa sentença no “novo normal”

Weverson Bezerra Silva (UFPB)

O ensaio fotográfico aborda o tema do dia dos mortos em seu contexto pandêmico ritualístico na cidade de João Pessoa, Paraíba, mais precisamente no cemitério Senhor da Boa Sentença, situado no bairro do Varadouro.

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Foto 1: Entrada do cemitério e as crianças em busca de trabalho no dia dos mortos Fonte: Acervo do pesquisador, 2021.

A finalidade é mostrar a experiência etnográfica no significado do processo de visitar os mortos como forma de lembrança e ativismo da memória, atentando aos processos sociais e econômicos em torno desse dia em tempos de distanciamento social, no segundo dia dos mortos no Brasil em 2021 na presença da covid-19 e um cenário do “novo normal”.

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Foto 2: A espera do chamado para limpar os túmulos Fonte: Acervo do pesquisador, 2021.

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Foto 3: Dia dos mortos no segundo ano de pandemia: as fases de vivenciar a morte no cemitério Senhor da boa sentença no “novo normal”

Nesse momento busco trazer as cores das imagens como forma metodológica do primeiro ano cinza e no segundo ano com mais esperança, as cores foram narrativas dos próprios interlocutores, ao destacar que o cemitério estava ganhando vida, mesmo sendo um espaço de morte, ou para os mortos. Trata-se de problematizar os processos da contemporaneidade sobre o visitar no dia dos mortos, com as medidas de biossegurança e as máscaras aos poucos sendo retirada, porém nesse novo contexto não deixou de ser um acessório junto ao mercado das flores e velas.

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Foto 4: A venda das flores Fonte: Acervo do pesquisador, 2021.

As fotografias refletem o cemitério como espaço significativo no entendimento de uma organização social, como parte fundamental de uma cultura, e ainda como testemunha da história de uma sociedade que vive a experiência coletiva e individual de visitar os seus mortos com restrições e apoio social limitado no processo de interação, porém nesse segundo ano foi perceptível mais agentes sociais no ritual.

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Dessa forma, a percepção da dinâmica social que envolve o cemitério com suas práticas socioculturais está associada ao contexto histórico vivenciado, e de extrema relevância dos enlutados usa o cemitério como um processo de ritualização, afeto e memória, e as relações construídas entre os indivíduos ajudaram a compreender o espaço do cemitério não apenas como lugar de morte, mas, principalmente, como espaço de vida, atividade social com os “trabalhadores dos mortos”, memória e continuidade simbólica interacional, onde os enlutados resistem no fortalecimento de suas práticas culturais mesmo com todas as formas do cenário de um retorno da solidão de vivenciar esse dia que é celebrado.

Foto 5: A vela que ilumina Fonte: Acervo do pesquisador, 2021.

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Foto 6: Os espaços que circulam  Fonte: Acervo do pesquisador, 2021.

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