Coordenação: Laryssa Owsiany (PPGCS/UFRRJ)

Nildamara Torres (PPCIS/UERJ)

Sthefanye Paz (PPGAS/MN/UFRJ)

O multipertencimento (VELHO, 2003) ou fragmentação de papéis fazem com que a vida das pessoas seja dinâmica. Conflitos, mediações e o questionamento de limites fazem parte do fluxo cotidiano de sujeitos cujas trajetórias estão marcadas pela circulação em espaços que são muitas vezes compreendidos como polos morais opostos. O interesse nos debates em torno de seus efeitos na condução da vida cotidiana dos sujeitos, nos leva a mergulhar em um campo de possibilidades (VELHO, 2003) e reflexões demonstrando a porosidade da vida social. Deste modo, este GT se apresenta como um espaço de interlocução entre pesquisadores dedicados ao estudo de trajetórias marcadas pela circulação e pelo multipertencimento. Um espaço para dialogar acerca das múltiplas possibilidades analíticas e metodológicas, valorizando uma diversidade de facetas que constroem a existência e a resistência destes sujeitos no mundo e que colaboram para o estudo de uma antropologia multissituada. Nesse sentido, procuramos proporcionar um espaço acolhedor de trocas e experiências etnográficas, compartilhando os desafios de uma escrita antropológica que se engaja num campo repleto de constantes reviravoltas. Interessa-nos tanto os estudos acerca dos sujeitos que experienciam a condição de multipertencimento privadamente quanto os que assumem essa característica midiaticamente no universo digital. Assim de maneira privada e nas redes sociais trajetórias artísticas com forte pertencimento religioso; grandes influenciadores digitais flertando e estabelecendo parcerias com o universo gospel; líderes religiosos que apresentam pautas progressistas; sujeitos que circularam por centros de acolhimento, comunidades terapêuticas e, acumulam em sua biografia um emaranhado complexo de pertencimentos que não se excluem entre si.

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