Coordenação: Beatriz Ribeiro (PPGCS/Unicamp)

Juliana Cardoso Fidelis (PPGCS/Unicamp)

Debatedor: Rônisson Oliveira (PPGCS/Unicamp)

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O GT busca reunir reflexões acerca das persistências e mudanças em conflitos frutos de diferentes processos sociais envolvendo a mineração. Seu foco se baseia nos dilemas enfrentados por povos e comunidades tradicionais, locais, e rurais frente a projetos desenvolvimentistas e megaempreendimentos que avançam territórios em todo o país. Como pano de fundo, elencamos: i) casos emblemáticos que ilustram a chegada e instalação de empresas (multi)nacionais no plano de avanço da fronteira extrativista, como exemplo mais emblemático os municípios de Barcarena e Oriximiná, no Norte do país; ii) os rompimentos de barragens, em Mariana e Brumadinho em Minas Gerais, e as consequências desses desastres para a região; iii) a condição de "atividade essencial" a qual a mineração foi elevada por decreto do governo federal, desde o início da pandemia de COVID-19, e sua contribuição para o processo de caos no sistema de saúde brasileiro; iv) o modus operandi reproduzido pela atividade de mineração, de norte a sul, e seu avanço sob a lógica extrativista em territórios rurais e comunidades tradicionais; v) as atuais disputas em torno da flexibilização das regras de licenciamento ambiental, representadas pelo plano de "autolicenciamento". Sendo assim, buscamos contemplar trabalhos que reflitam etnográfica-teóricamente os diferentes contextos de pesquisa de territórios em situação de conflitos socioambientais intercruzados sob o olhar do "interesse nacional", imposto pela relação entre governo e setores privados nacionais e multinacionais, e que apontem os efeitos sociais e ambientais na vida de povos e comunidades tradicionais, locais, entre outros.